CONVIVÊNCIA FAMILIAR
6 de janeiro de 2023CONVIVÊNCIA FAMILIAR
A convivência de uma família deve se dar com harmonia, respeito e confiança.
Quando os pais são pessoas instáveis, que pensam cuidar dos filhos da melhor forma possível, porém, o que na realidade fazem é desestruturá-los através de atitudes grosseiras, desrespeitosas e egoístas, acabam instalando um clima de insatisfação, onde os filhos não querem continuar a pertencer.
Ao longo do tempo, esse abuso provoca danos psicológicos que podem ser graves, com impactos na vida emocional, social e cognitiva dos filhos. Eles, por sua vez podem apresentar problemas de autoestima, depressão, anorexia, entre outros sintomas, até mesmo tendências e comportamento suicida.
Muitos pais de hoje foram educados à base de palmadas castigos e humilhações. Quando têm filhos, essas pessoas, sem perceber, podem repetir os padrões destrutivos com os quais foram criados. Um dos exemplos, quando o filho faz uma birra ou questiona suas ordens, esses adultos têm o ímpeto de dizer tal qual seus pais faziam, frases como “quem manda aqui sou eu”, ou, depois desses ímpetos se arrependem e acabam cedendo em alguma coisa. No entanto, as consequências invariavelmente serão ruins.
Há pais que que perguntam e há pais que exigem saber tudo, que fazem cobranças de tudo o que já lhes deram e fizeram e que por isso se acham no direito de exigir o que lhes apetece aos filhos. Esta é uma base errada e que afasta os mais novos, chegando ao ponto de estes nada quererem dos pais para que não lhes seja cobrado mais tarde.
O abuso nem sempre vem de ambas as partes, do pai ou da mãe, e eventualmente uma delas costuma ficar submissa – principalmente por causa do lance da desvalidação do poder. Esta omissão, contudo, não deixa de ser um abuso também. Se o filho não encontra no seu lar amparo diante de situações que ameaçam sua integridade, deve buscar ajuda e sempre relatar o que acontece a alguém de confiança.
O exemplo dos pais é muito importante para que os filhos tenham um rumo na vida, pois terão princípios, bom caráter e serão adultos sem problemas.
Quando os filhos são instáveis, cabe aos pais ensiná-los, esclarecendo-os e dialogando para incutir o respeito por si e pelos outros, e manter sempre atitudes coerentes.
Na família em que haja mais filhos, onde cada um tem sua individualidade, esses pais tem que ter discernimento para conhecer a personalidade de cada um, pois eles são seus dependentes, e devem ser tratados de forma justa, porém respeitando o limite de cada um.
A convivência com pais abusivos, claro, onde já não existe mais estruturação, não é simples. Para que o efeito seja revertido, é preciso um tratamento conjunto e que, com certeza, leva tempo. Não só isso, mas é necessário ainda que todas as partes estejam de acordo com ele – caso contrário, não adianta querer mudar o comportamento e as atitudes dos pais sem que eles, também, percebam a importância de fazer essa mudança.
No mais, interprete como quiser.
“Uma Amiga Espiritual”
São Paulo, 06 de janeiro de 2023.